Recentemente, a Rimini Street reuniu executivos de TI de algumas das maiores empresas do mundo em uma conversa franca sobre suas prioridades de negócios mais urgentes.
Abrangendo diferentes continentes e setores — incluindo varejo, mineração e serviços de tecnologia — a discussão se concentrou nos fatores atuais que moldam os objetivos e preocupações dos líderes de TI, com segurança e inovação no centro das atenções.
Embora cada empresa enfrente demandas operacionais únicas, muitas chegaram à mesma conclusão: a necessidade de agilidade, controle do roadmap, infraestrutura modernizada e suporte ERP independente e flexível.
Segurança como base da estratégia de IA
Abrindo a discussão, um executivo de uma das maiores mineradoras do mundo falou sobre como as tecnologias fundamentais estão evoluindo em paralelo às ameaças operacionais. Ele sugeriu que o verdadeiro motor da estratégia — e também das preocupações — é a interseção entre IA e segurança.
“Não acho que estamos considerando com cuidado suficiente os perigos da IA antes de avançar. Estou preocupado com nossos dados, com a segurança e a privacidade desses dados. Tem que ser segurança antes da IA.”
O executivo explicou que, em empresas como a dele, a segurança foi construída sobre bases robustas, mas que agora precisam se adaptar rapidamente ao novo cenário tecnológico. Também destacou que a segurança muitas vezes acaba ficando sob a responsabilidade dos engenheiros, que já lidam com uma lista interminável de prioridades — até que uma ameaça real se materializa.
“O desafio em administrar uma empresa como a nossa é a mistura entre operações e tecnologia. Por exemplo: o que usamos em nossas minas? Que tipo de software geólogos e engenheiros utilizam, e como eles mantêm as plantas funcionando em meio a tantas mudanças? Mais importante: como proteger esses ativos diante do aumento da atividade cibernética criminosa?”
Para lidar com esses desafios, parte da estratégia de segurança da empresa tem sido adotar suporte de terceiros, trazendo uma visão de gestão moderna. Com a Rimini Street fornecendo o suporte essencial, a empresa evita upgrades disruptivos, estabiliza seus sistemas e fortalece a disponibilidade operacional — todos componentes críticos da sua estratégia de segurança.
Onde faturas em papel e IA se encontram
No setor de alimentos, acompanhar as mudanças no comportamento do consumidor exige ajustes constantes. Um dos maiores atacadistas do Reino Unido tem como foco principal aprimorar a experiência do cliente.
Num mundo cada vez mais digital — das redes sociais como Instagram e TikTok ao gigante Amazon — empresas voltadas para o consumo diário precisam transformar a experiência de compra.
“Seja a forma como você faz compras online, ou a maneira como fornecemos informações sobre os produtos, nosso objetivo é simplificar ao máximo, com o menor número possível de pontos de contato.”
O executivo descreveu a guinada estratégica de sua empresa rumo a serviços sem atritos, mas com uma visão pragmática: em vez de investir pesadamente em tecnologia, a companhia seleciona cuidadosamente em que soluções apostar.
“Transformação no nosso setor significa investir estrategicamente em tecnologia.”
Assim, reduzem o custo de gestão de TI ao adotar o suporte de terceiros da Rimini Street para seus sistemas centrais.
Equilíbrio significa uma abordagem híbrida
Outro executivo, de uma empresa de tecnologia com atuação global em infraestrutura e dados corporativos, falou sobre como utiliza suporte de terceiros para reforçar a segurança e seus ambientes Oracle. Para ele, a IA não é assunto lateral — é o tema principal.
“Temos foco absoluto em tecnologia. Somos uma empresa de tecnologia, e isso nos favorece. A IA continua sendo um divisor de águas, tanto internamente quanto na incorporação da genAI em nosso portfólio de produtos.”
A empresa se posiciona como líder em armazenamento corporativo e investe em parcerias com hyperscalers.
“Atuamos em servidores de armazenamento corporativo, mirando o mercado intermediário e avançando para soluções de armazenamento definido por software. Já colaboramos com a NVIDIA e agora queremos escalar com hyperscalers como AWS e GCP. Estamos dobrando a aposta em genAI.”
Estratégias de nuvem: primeiro, por último ou em algum ponto intermediário?
A discussão sobre nuvem gerou divergências. Enquanto alguns defendiam modelos “cloud first”, outros preferiam o caminho “cloud last”, citando custos, complexidade e perda de controle.
O executivo do atacadista britânico foi direto:
“De uma perspectiva de nuvem, hardware é hardware. Tenho engenheiros que dizem ser muito fácil criar servidores em qualquer lugar, mas isso não agrega valor para mim. Se levo meu hardware local para a nuvem, pago taxas adicionais a cada sucesso. E quando se opera em alto volume e margens baixas, isso é injustificável.”
Além disso, apontou limitações do S/4HANA e ressaltou que possui outras prioridades mais urgentes para garantir o crescimento e a entrega aos clientes, colaboradores e acionistas.
O executivo da mineração se declarou “cloud nothing”, priorizando flexibilidade, custo, funcionalidade e estabilidade. Para ele, manter ambientes on-premise é mais confiável, especialmente em minas remotas no Brasil. Também expressou receio de lock-in de fornecedores:
“Não queremos ficar presos a um provedor. Rodamos uma versão mais antiga do ECC, em que investimos muito. O Rimini Manage é muito bom. Estamos felizes com nosso clássico Aston Martin 1968.”
Já o executivo de tecnologia mostrou-se mais aberto à nuvem, mas enfatizou a necessidade de governança:
“Quando assumi, os gastos com AWS eram altíssimos por falta de controle. Muitos vão direto para a nuvem, mas sem governança adequada. Minha primeira ação foi implementar políticas de governança e FinOps, que se tornaram pilares.”
Sua conclusão: a empresa será sempre híbrida — parte na nuvem, parte on-premise — escolhendo a melhor solução para cada necessidade de negócio.
Conectando sistemas complexos de forma inteligente
O executivo britânico trouxe um exemplo prático do impacto do suporte de terceiros:
“Ao migrar do suporte SAP para a Rimini Street, conseguimos investir em novas tecnologias. Construímos uma plataforma de APIs (MuleSoft), que hoje conecta cada vez mais nossos diferentes sistemas, criando uma rede coesa a partir de plataformas diversas.”
Também mencionou investimentos em automação e relatórios dinâmicos, acessíveis via mobile, com IA ajudando nas análises e decisões em tempo real.
Olhando adiante na era da IA
À medida que organizações globais enfrentam a pressão para modernizar sem perder continuidade operacional, o suporte de terceiros deixa de ser apenas uma questão de custo — torna-se uma questão de controle estratégico.
O painel mostrou que nenhuma jornada de transformação é igual à outra. Seja diante da complexidade de fusões, da infraestrutura legada ou da imprevisibilidade dos custos da nuvem, as empresas estão exigindo soluções mais flexíveis, que não imponham escolhas binárias entre o antigo e o novo.
No futuro, a agilidade não será apenas de quem inova, mas de quem consegue orquestrar mudanças sem comprometer desempenho ou segurança.
É aqui que está o valor do suporte de terceiros: encontrar a empresa onde ela está — e guiá-la até onde deseja chegar.
