Fim do Suporte e Migração para a Nuvem: O que os Clientes SAP devem fazer?

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Durante um painel virtual chamado “Lidando com as Preocupações dos Clientes sobre o Suporte SAP e a Migração para a Nuvem”, John Gallant (Enterprise Consulting Director da Foundry), Luiz Mariotto (GVP, SAP Product Management da Rimini Street) e Scott Hays (Senior Director, Product Marketing da Rimini Street) debateram as preocupações das empresas que atualmente utilizam algumas tecnologias SAP, especialmente no que diz respeito à migração para a nuvem, aumento de custos e outras questões relacionadas ao suporte técnico. O bate-papo teve como base uma pesquisa recente realizada pela Rimini Street, em parceria com a Foundry.

O dilema do roadmap SAP

Para Scott, o fato é que os clientes SAP estão diante de um verdadeiro dilema: com o fim do suporte convencional para o ECC em 2027, as organizações precisam tomar algumas decisões importantes sobre o futuro de suas plataformas. Segundo ele, a pressão para aderir a programas como o Rise with SAP – que envolve a troca de licenças perpétuas por assinaturas – é cada vez maior.

No entanto, Scott argumentou que 79% dos clientes SAP afirmam que seus sistemas ERP atendem, total ou parcialmente, às suas necessidades de negócio. “Isso indica que muitas empresas estão satisfeitas com suas soluções atuais e não veem a necessidade urgente de uma migração”. O especialista relata ainda que dois terços dos clientes ECC e Business Suite com licenças perpétuas preferem manter esse modelo, em vez de migrar para assinaturas.

Custos VS Experiência do cliente

John também apontou que a SAP está implementando políticas que aumentam os custos e diminuem o valor para seus clientes. Na opinião dele, a elevação dos custos de suporte on-prem é um dos principais problemas identificados, além das preocupações com a necessidade constante de atualizações e as dificuldades encontradas no processo de resolução de problemas.

Segundo Luiz, a SAP está priorizando a venda de novas soluções, como a plataforma na nuvem, em detrimento do suporte às versões on-premise, como ECC e S/4HANA. Essa mudança de foco resulta em redução de inovação e do suporte para as personalizações, cruciais para a maioria dos clientes SAP. A pesquisa realizada pela Foundry e Rimini Street mostra que 82% dos clientes SAP possuem personalizações em seus sistemas, evidenciando a importância desse aspecto para o dia a dia das empresas.

Ao oferecer um suporte mais abrangente, que inclui as personalizações, configurações e integrações sem custos adicionais, Luiz explica que a Rimini Street garante que os clientes recebam o suporte necessário para suas necessidades específicas. Além disso, a empresa oferece um SLA mais rigoroso, com tempo de resposta de dez minutos para problemas críticos, e não exige as atualizações como condição para a resolução de problemas.

Pressão nas Nuvens

A pesquisa conjunta da Foundry e da Rimini Street revelou uma preocupação crescente entre os clientes SAP: a pressão para migrar para a nuvem. A SAP estaria incentivando essa transição, prometendo que as futuras inovações, como a Inteligência Artificial, estarão disponíveis somente para os clientes S/4HANA na nuvem.

No entanto, essa migração gera muitas incertezas, como aumento nas despesas da nuvem, o risco de depender de um único fornecedor e a perda das customizações desenvolvidas em seus sistemas on-premise. Segundo os especialistas, a sensação é de que a SAP força os clientes a adotar soluções que, possivelmente, não sejam as mais adequadas para seus negócios.

A alternativa

Para Luiz e Scott, a Rimini Street se apresenta como uma alternativa para os clientes que desejam postergar a migração para a nuvem. Ao oferecer suporte a longo prazo para as versões on-premise do ECC e S/4HANA, a Rimini Street permite aos clientes economizar custos e ganhar mais tempo para avaliar as melhores opções para o futuro.

“Nossa recomendação é que os clientes SAP ganhem tempo e economizem dinheiro ao optar pelo suporte da Rimini Street. Essa estratégia permite às empresas investir em inovações e reavaliar a migração para a nuvem em um momento mais oportuno, quando os custos estiverem mais estabilizados e a tecnologia estiver mais madura”, finaliza Scott.