Eduardo Borba: (00:08):
Boa tarde a todos foi prazer estar aqui. Eu queria chamar para falar de assunto super tranquilo, que é a reforma tributária nossos painelistas Márcio por favor Bordinhão sobe aqui
Eduardo Borba: (00:43):
Eu falei qual é assunto muito tranquilo, o tranquilo claro que depende muito de contextos. A reforma tributária neste momento é a maior transformação que a gente tem da área fiscal no brasil, a gente já passou por muita coisa. A gente já teve bastante momento de inflação alta inflação, pouco mais estável a coisa de 10 anos atrás. Nós tivemos evento de sped, que também foi bastante impactante no dia a dia das empresas. E agora o governo está posicionando a reforma tributária com uma visão muito positiva que é para melhorar a competitividade do país ao longo do tempo, diminuir pouco do fardo que é operar no brasil não apenas a alíquota de imposto, mas sim a burocracia como que a gente consegue ficar compliance com isso. E aqui a gente vai discutir pouco de negócios com os nossos painelistas. Eu vou pedir para que eles se apresentem primeiro muito obrigado a vocês por dispor o tempo e pouco do cérebro de vocês vai lá Márcio
Marcio Zapater: (01:51):
Muito boa tarde pessoal muito boa tarde pessoal. Sou marcius da pater sou presidente da Promon S.A, que reúne na verdade o portfólio de empresas da promon. Estou no grupo já há mais de 20 anos 23 anos. Hoje nós temos basicamente três negócios operacionais a para uma engenharia que é uma empresa focada em engenharia, gerenciamento e soluções integradas para os setores de infraestrutura, indústria e energia, a for que é uma empresa recém criada para atuar no mundo de digitalização e eficiência operacional e energética para esses setores, mesmo da engenharia e também a logicalis, que é uma joint venture entre a promon e o grupo britânico data tech na américa latina, que basicamente oferece integração de soluções de tecnologia para diversos setores da economia, principalmente empresas de serviço financeiro e uma série de outras verticais. Hoje nós temos mais ou menos portfólio com bi de receitas no agregado mais de 3000 400 profissionais na américa latina em 1500 no brasil. Então queria agradecer ao convite da remini para participar desse programa e dividir pouco com vocês as nossas percepções aqui em relação à reforma tributária
Eduardo Borba: (03:18):
Maravilha, obrigado, marcio, ão,
Roberto Bordinhão: (03:22):
Olá boa tarde a todos primeiro obrigado eduardo denise e time ri pelo convite por estar aqui é prazer participar desse evento bom. Sou o roberto bordão. Sou diretor sênior na auvare. E marçal, estou ajudando na liderança de projetos de reforma tributária hoje na en. Tenho 20 anos de experiência na área tributária desses dezasseis anos vividos em uma big four e agora em ano aqui na nova casa bom obrigado pela covid, espero poder aproveitar pouco e discutir pouquinho da reforma que ainda temos bastante dúvidas que vai acontecer, mas acho que é tema muito importante pelos próximos como falou 10 anos
Eduardo Borba: (04:11):
Maravilha. Obrigado bom, eu preparei aqui algumas perguntas de roteiro para a gente. Mas a ideia é que a gente olhe mais o que significa reforma tributária do ponto de vista de negócios e a gente, vê aqui que a gente tem negócios muito bem representados, uma variedade de cenários ou de segmentos aqui bastante ampla e uma visão mais consultiva. Então a ideia é que a gente vai explanando aqui e que cada de vocês consiga se ver pouco nessa situação, algo que a gente não consegue fugir da reforma que ela vai impactar todos que operam no brasil. Então essa é a ideia que a gente olha pouco do impacto disso no negócio. A gente costumava dizer que é amargo, mas é remédio, mas é amargo. Então a gente vai passar por período pouco de amargor aqui num primeiro momento. O que eu queria sabre de vocês é pegando pouco da visão estratégica, o que a gente vê de riscos ali, qual o maior risco que márcio começar contigo. Você vê hoje na tua organização. Durante esse período de transição é recurso falta de informação falta de sei lá sistemas, o que mais você enxerga aí como principal risco, teu hoje
Marcio Zapater: (05:24):
Borba. Olhando o tema da reforma. Hoje os riscos estão essencialmente associados aos desafios que a gente vê. Acho que o arcabouço está bem definido. Mas ainda existe uma série de regras que precisam ser definidas as alíquotas. Então a gente ainda está em uma fase onde param em definições e prazo relativamente exíguo. A gente precisa ser capaz de emitir a primeira nota, aí em 2026 janeiro de 1026 já em formato de teste, então hoje a gente enxerga de duas óticas em uma ótica de fora para dentro, olhando mais para dentro de casa. A gente tem desafio grande de conformidade de conseguir fazer as adaptações de sistemas. Processos treinar o pessoal no tempo adequado é uma mudança grande importante que a gente está enfrentando e olhando de dentro para fora. Olhando isso como negócio. A promon atua essencialmente como uma empresa de prestação de serviços e soluções. A gente percebe aumento importante da carga tributária. Apesar da possibilidade de se tomar créditos na cadeia do princípio de não cudade, dependendo da composição da sua cadeia de valour, existem perdas importantes de créditos que você tinha antes, então esse balanço para a gente. Ainda nós estamos estudando. E estamos aí
Eduardo Borba: (06:50):
Fluxo de caixa que pode ser de
Marcio Zapater: (06:52):
Caixa também importante. Então antes você tinha o crédito automático de pis, cofins e de toda a cadeia de fornecimentos. Agora você precisa esperar o fornecedor para fazer o pagamento, então tem tema importante para ser equacionado como modelo de negócios também e que todos da indústria de serviços estão enfrentando da mesma maneira
Eduardo Borba: (07:14):
Está bem obrigado. Marcelo agora queria pedir para bordão antes de vamos. Cadê dá uma palhinha para a gente de contexto bordão. Já que a tua visão é uma visão mais consultiva, você tem uma visão. Você tem uma visão mais ampla até de contexto para a gente, entender o que significa reforma para operações no brasil
Roberto Bordinhão: (07:44):
Bom talvez perder dois minutinhos aqui dando só overview geral do que a reforma. Eu imagino que a grande maioria do público aqui já saiba o que está todo o tema, mas vamos lá hoje nós temos os tributos atuais ali que é o pis e cofins que é tributo que são dois tributos administrados fiscalizado e é arrecadado pelo governo federal nós temos o icms que é tributo fiscalizado, legislado e arrecadado pelos governos estaduais e nós temos o icms que é tributo fiscalizado arrecadado e legislado pelos municípios. Então percebo que nós temos três competências distintas, tanto de legislação quanto de fiscalização quanto de arrecadação no sistema atual para os novos tributos. Com a reforma tributária, a gente vai partir para iva dual, onde nós vamos ter a cbs que ela vai ser fiscalizada, legislado e arrecadada pelo governo federal e nós temos o ibs que vai ser fiscalizado arrecadado e legislado pelo comitê gestor comitê gestor.
Roberto Bordinhão: (08:55):
É órgão que está sendo criado com representatividade de governo federal, estados e municípios. Ok então percebam que a gente vai sair hoje de três níveis e esferas de legislação, fiscalização e arrecadação para duas esferas de fiscalização, arrecadação e legislação. Aí uma pergunta que me faz. Mas então roberto vai continuar a confusão de interpretações de legislação que nós temos hoje entre três esferas, agora, nós vamos só tiramos uma agora vai ter em duas esferas, na verdade vai ter uma câmara superior. Vamos chamar assim que ela vai ser responsável pela uniformização e harmonização entre as regras da cbs e bs. Então é órgão acima no caso aqui da receita federal e do comitê gestor que vai ser o responsável por essa uniformização e harmonização das regras de forma que a gente tenha em que pese dois órgãos distintos. Aqui a gente tenha uma uniformidade de regras e interpretações, facilitando e simplificando bastante com o novo sistema.
Roberto Bordinhão: (10:14):
A gente tem o imposto seletivo ali que conheci também como imposto do pecado, que ele vai incidir sobre bens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente imposto bastante específico ainda mais específico à manutenção do i epi que ele vai se manter para aqueles produtos industrializados na zona franca de manaus e comercializado fora dela uma forma de proteção à zona franca de manaus, mas ainda também uma quantidade vamos bastante reduzida de incidência em específica. Esse é overview geral da reforma, tudo isso, tudo isso vai acontecer até o ano de 32 33. Então pensa que é período de transição bastante longo, por que aí é aquela pergunta que se faz por que está indo até 32 se na reforma tributária da índia. Por exemplo, que tinha sistema tributário tão complexo quanto no brasil se foi feito em dois anos por que no brasil nós vamos levar oito anos para isso, basicamente por questão dos sent fiscais.
Roberto Bordinhão: (11:18):
A gente tinha lá a regra que determinava que a manutenção dos fiscais de icms deverão persistir existir até o ano de 32. Então foi feita uma conta de trás para frente. Então se até 32 eu preciso ter a manutenção de incentivos fiscal de icms, então eu preciso ter a incidência do icms até 32. Então foi feito uma regra de trás para frente para trás, então nós vamos ter aqui três grandes marcos. Com esse período de transição. O primeiro mar colocou aqui na fala dele janeiro de 26 janeiro de 26 a gente começa o período de teste do ib cbs alíquota de cent de ib, ainda dividido esse entre cinco municipal e cinco ib estadual e cent d. Cbs, a título de teste informativo. Ele não vai compor o total da nota fiscal e também não vai ter nenhum valour econômico monetário só que ele precisa ser corretamente destacado nos documentos fiscais já a partir do dia 05 de janeiro de 26 a pergunta que eu muito escuto hoje dos clientes se então é o big bang, o que acontece com a minha empresa se no dia 05 de janeiro de 26 eu não consegui emitir os meus documentos fiscais e minhas notas fiscais do novo layout.
Roberto Bordinhão: (12:50):
A minha resposta é sempre a mesma se a gente olhar com base no que temos de nota técnica publicada hoje e legislação sancionada hoje é o bigbang, então a empresa de fato ela não validaria documento fiscal se não tivesse informado. O ib cbs, a partir de 05 de janeiro de 26 pode mudar, vai postergar. Bom especulação. Não dá para sabre a gente brinca que no brasil até o passado é incerto, mas outro ponto que eu também sempre coloco, é diferentemente das outras regras tributárias existentes. Até então, o edu falou aqui na fala inicial de lá a criação do sped cd fd e assim por diante. Todos esses foram criados mediante lei ordinária que basta uma medida provisória emitida ali às 11 do dia 04 de janeiro de 26 pelo presidente da república para postergar o início da vigência. Aqui todas essas datas, janeiro 26 27 29 e 33 estão na constituição. Então a gente sabe a dificuldade que existe hoje no brasil de se alterar uma constituição e uma regra constitucional.
Roberto Bordinhão: (14:07):
Então essa é a grande diferença desta regra reforma tributária para as que nós vivemos até então, então por isso que talvez o risco a chance de postergação é relativamente baixa ok. Então a reforma tributária é em que pese o nome, ela envolve a empresa como todo, com a redução dos incentivos fiscais, a gente precisa pensar hoje a minha localização, onde eu estou posto faz sentido manter a minha operação naquela localidade. Faz sentido eu continuar importando por extrema. Faz sentido eu continuar importando por santa catarina. Faz sentido continuar utilizando uma trading company por vitória, levando em consideração a perda dos setil fiscais, que eu vou ter gradativamente entre 29 e 32 e cent, a partir de 33 qual que é o custo de capex que eu tenho de desmobilização dessa estrutura que eu criei versus a perda de incentivo fiscal versus o ganho, que eu vou ter logístico e de preço de estar perto mais do meu mercado e consumidor.
Roberto Bordinhão: (15:19):
Então veja aqui são análises que eu estou comentando que já envolve suprimentos porque envolve a aquisição logística que envolve cadeia de abastecimento estratégia comercial porque envolve atendimento ao cliente a visão de os próximos cinco 10 anos. Então, de fato, a reforma tributária tem pontos que merecem ter atenção de todas as áreas da companhia e não só do tributário ti. Nem se fala hoje talvez 60 nos projetos que eu tenho feito hoje nos clientes. Hoje. Em junho de 25 60 cent do esforço dos clientes estão indo para a área de ti muito porque a gente precisa adaptar as notas fiscais de documentos fiscais. Já para janeiro de 26, então percebam realmente é uma reforma aqui bastante extensa bastante longa e que merece a atenção de todos se vocês perceberam a pi, falou ontem que não começou a trabalhar ainda já está atrasado. Então o próprio secretário da fazenda já está dando recado.
Eduardo Borba: (16:31):
Ele começou a falar isso lá em 2000 e dezanove. Desde então, é o recado dele obrigado bordão, e aí eu vou deixar aqui pano de fundo para a gente que é exatamente aquele slide que o cf mostrou de uma linha de apoio depois, eu posso comentar pouco mais sobre ele, tomando gancho. Já que reforma tributária não é projeto de área fiscal, ela não é projeto de ti. Ela é projeto corporativo pergunta para o márcio olhando do ponto de vista de decisões estratégicas de médio prazo como que está sendo o impacto dos seus investimentos, você está conseguindo manter seu plano de orçamento. Tem que redirecionar investimento como que é essa discussão lá para vocês sim,
Marcio Zapater: (17:19):
Eduardo acho que, como não poderia deixar de ser a gente, precisou rep priorizar investimentos. Como foi dito aqui na palestra de abertura, o orçamento é finito e cada vez com pressões de redução mais importantes e a gente precisou revisitar as nossas prioridades, e certamente foram afet, então a gente principalmente iste como falou hoje grande foco de atenção está muito relacionado à adaptação dos nossos sistemas e que a gente conta com a remini como parceiro e outros parceiros também na nossa infraestrutura tecnológica, para que isso aconteça de uma maneira mais suave possível também as adaptações de processos e de treinamento. Então a gente já tem investido e já tem feito uma série de comunicações de treinamento para a organização já começar a se aculturar com a reforma que se avizinha não é projeto só da área de tributos. É projeto de fato que atravessa a companhia toda que percola a tecnologia, tributos as áreas de negócio para que a gente consiga se adaptar adequadamente a essa nova realidade.
Marcio Zapater: (18:35):
Além disso, tem as discussões que eu comentei brevemente no início de decisões de negócio. Muito mais do que uma reforma tributária, ela pode reapresentar oportunidades como desafios do ponto de vista de competitividade. Então a gente tem explorado alternativas que a gente consiga traduzir a reforma em ganhos de competitividade, não só em ganhos de eficiência operacional que no longo prazo a gente acredita que com a simplificação. Apesar de longo este processo de quase 10 anos, a gente deverá extrair ganhos de eficiência lá na frente por sistema mais simples. Mas além disso, em competitividade para o negócio em trazer melhores margens e melhor preço para o cliente na ponta. Isso é pouco do que a gente tem olhado lá na promon
Eduardo Borba: (19:27):
Maravilha. Obrigado, marcio e aí vai emendar uma pergunta para ti também de novo, já que a gente estava falando de investimento. A gente ainda tem vários capítulos a serem publicados como o boon falou a gente tem as datas, nada imutável no brasil, nem o passado é certo, mas as datas a gente sabe que é mais difícil de mudar, mas o conteúdo da regulamentação de como fazer ainda tem várias brechas ali no meio na linha de controlar investimentos, você conseguiu ter uma visão de estimativa de esforço, qual é o investimento necessário para estar compliant com a reforma tributária e esse custo você consegue colocar ele como investimento é capex, você bota ali como custo de conformidade
Marcio Zapater: (20:23):
Hoje a gente conseguiu estimar o orçamento com base no que nós temos visibilidade, nós não temos ainda visibilidade completa de tudo que vai precisar ser feito, então o que a gente consegue enxergar até o momento. A gente conseguiu fazer orçamento. Para isso. Ele inclui principalmente a parte de sistemas hoje como eu disse que é o grande foco de atenção e a gente tem olhado esses investimentos. Lá a gente não consegue ativar chamar isso de capex, acaba entrando mais em uma rubrica das despesas, mas a gente enxerga isso como uma despesa com uma natureza de investimento estratégico. Apesar de ter caráter de conformidade grande, a gente enxerga que, por outro lado isso poderá trazer ganhos importantes de eficiência lá na frente. Então a gente tem esse olhar que apesar da natureza de compliance, a gente entende que isso pode ser algo estruturante para o negócio, olhando mais adiante e que permita o negócio crescer mais de uma maneira mais saudável.
Eduardo Borba: (21:31):
Obrigado marcílio bordão e olhando para o modelo de governança, já que vocês como consultoria devem pegar não só a parte do ti da história, mas uma visão mais talvez de reorganização de negócios, uma visão muito mais ampla, pensando em modelo de governança, o que você tem visto que funciona melhor como modelo de governança para esse tipo de projeto que tem por mais que seja finito. Ele tem várias nuances de interpretação ou de falta de esclarecimento no momento. Agora aqui
Roberto Bordinhão: (22:10):
Esse é projeto grande e envolve diferentes áreas, muitas dada uma companhia, então a primeira dor que a gente percebe que as empresas sentem é a paternidade do projeto de quem é esse projeto é do tributário é do ti. É de suprimentos quem é o responsável por capitanear isso dentro da empresa, daí a importância de a gente ter uma governança bastante clara e uma governança clara aqui que vai as áreas para fazer ali o gerenciamento e o monitoramento das atividades a gente também definir isso, tudo é importante ser feito a gente, também definir ali quem são os gerentes de projeto, quem é o gerente de projeto responsável no ti quem é o gerente de re projeto responsável no tributário nos suprimentos e assim por diante. Então tudo isso faz parte da governança, onde pmo ali vai acabando fazendo o monitoramento dessas atividades. Mas no final do dia, edu a gente percebe que nada disso vai parar em pé por mais bonito que tudo isso tenha sido desenhado no papel. Se não tiver o empowerment do c-level se não tiver o ment do ceo do cfo do cto de todo o c-level então o primeiro ponto que a gente precisa fazer para que uma governança de projeto dessa magnitude funcione é a gente ter o engajamento do c-level de aí por diante. Eu diria que a gente já tem cent de sucesso, garantido de execução do projeto. E aí a gente começa a definir, então quem que é a paternidade do projeto como que a gente vai monitorar isso e definir os próximos passos
Eduardo Borba: (24:14):
Está joia. Obrigado porão, vamos falar pouco de impacto no negócio, porque a gente está falando que é projeto que tem possíveis discussões de paternidade. Como o bo bem colocou e aí ele tem que ter vários pais ali na história, olhando para áreas impactadas, o que parece ser a área começar pelo márcio ali, que é a área do teu negócio que parece mais impactada cadeia de suprimentos precificação teu footprint local, área de atuação ou seu próprio modelo operacional, o que você enxerga como áreas mais impactadas para você
Marcio Zapater: (24:51):
Do hoje, o que a gente tem focado muito naturalmente do lado mais de backoffice. As áreas de tecnologia e de tributos são as duas áreas que estão ativamente mais ativas. Trabalhando nisso hoje na preparação de maneira que a gente possa fazer uma transição suave e olhando do ponto de vista de negócio, a gente tem uma atenção muito especial à precificação como uma empresa de serviços. A gente por vezes tem contratos que são de mais longo prazo. Então, tendo em vista as mudanças que estão acontecendo, a gente precisa tomar muito cuidado tanto na precificação quanto no custeio do que a gente considera do ponto de vista de custos com os fornecedores, o que a gente vai conseguir aproveitar o que não vai aproveitar de crédito. Então esse tem sido ponto em que a gente tem colocado uma atenção muito especial junto com o jurídico, olhando todos os contratos que já temos dentro de casa, mas também os novos contratos, garantindo que eles tenham aí.
Marcio Zapater: (25:53):
Pelo menos a flexibilidade de acomodar as mudanças que vêm pela frente e do ponto de vista de delivery, eu diria que e principalmente, olhando o nosso negócio de engenharia. A gente apoia grandes clientes privados no mundo industrial. Infraestrutura. Energia a fazerem grandes empreendimentos grandes projetos, então a nossa forma de fazer algumas ofertas tem impacto importante. Por exemplo, a gente tem uma oferta bastante clássica, que é ajudar os clientes a fazerem o capex e uma análise de viabilidade dos empreendimentos deles. Isso muda radicalmente na forma de você fazer o e análise de via maneira a gente. Os cli a faz toda a ges e ges desses projeto, que por vezes tem capex bilionários. Então a inteligência de suprimentos é muito importante para ganhar mais competitividade para o projeto. A disciplina nossa tributária fiscal sempre foi muito importante nessa frente, porque a viabilidade do empreendimento pode ser ou não determinada por incentivos fiscais ou pelo impacto positivo ou negativo que a reforma pode trazer, então eu diria que essas três frentes do lado de backoffice, tecnologia e tributos do lado de negócios precificação e o nosso modelo de para algumas ofertas, principalmente quando a gente olha esse mundo de apoio aos grandes clientes na área de grandes projetos infra energia ind.
Eduardo Borba: (27:32):
A tua diversidade de empresas do grupo é baita de desafio para o teu fiscal. Hoje
Marcio Zapater: (27:40):
Sim hoje a gente tem estruturas bastante já robustas nos diversos negócios, então a logicalis conta com uma estrutura bastante independente. A promon participa bastante como uma acionista está com influência muito relevante, mas tem uma estrutura bem robusta de tax e de sistemas e do lado dos negócios controlados pela promon, que é o que a gente tem mais contato operacional no dia. A dia que correspondem basicamente a engenharia e a for, a gente tem alguma diversidade sim, mas ela não é tão grande. Ela tem às vezes diversidades do ponto de vista de região de atuação. Se cliente está localizado no nordeste ou no sul. Enfim, o regime tributário muda, mas do ponto de vista do tipo de entrega do tipo de solução, ele não tem grandes variações, mas ainda assim tem bastante diversão para a turma lá
Eduardo Borba: (28:45):
Por muitos anos exato.
Eduardo Borba: (28:47):
Obrigado cio ão da tua visão mais consultiva que a gente falou também daquele ciclo que todas as áreas são impactadas ponto que eu cheguei a discutir com vários clientes é exatamente a definição logística de repente o cara que tem uma planta em uma cidade ou em uma localidade mais remota que vai perder o incentivo ao longo da transição, vai sobrar uma despesa de transporte impacto de logística muito grande para quem trabalha com mercadorias ou depósitos avançados. Isso sempre vai ser desafio, o que você tem visto de áreas mais impactadas nos clientes que você tem percorrido.
Roberto Bordinhão: (29:29):
Eu diria que a grande maioria das áreas vão ser impactadas, mas cada uma no seu tempo. Nesse primeiro momento, aqui 25, o márcio comentou e eu concordo cent com ele tributário e ti foco. Eu diria é tributário e ti para a gente. Tirar janeiro de 26 da frente. A gente precisa pensar que dia 05 de janeiro, porque vai ser dia 05 de janeiro certo. O pessoal do serpro lá quer pular ali a festa de ano novo e tal e realmente ligar a chave no dia 05 de janeiro. No dia primeiro dia 05 de janeiro, o sistema tem que estar pronto para a gente receber e emitir os documentos fiscais do novo layout, tirando isso da frente. Aí a gente vai pensar ok, o que agora é o mais urgente dói mais me machuca mais na minha companhia pelo que a gente está percebendo, vai pegar bastante suprimentos e a parte de financeiro, porque a gente já vai para a segunda grande fase da reforma, que é janeiro de 27 que é a extinção do pis e cofins e a incidência da cbs.
Roberto Bordinhão: (30:43):
Então a gente precisa já entender o que essa mudança vai gerar no meu capital de giro, porque o crédito da cbs vai estar atrelado ao caixa ao recebimento pelo governo desse tributo, e o que vai impactar no preço, tanto o meu quanto do meu fornecedor para entender o que isso reflete no meu custo e na minha margem. Então talvez a partir do ano que vem a gente vai começar a viver mais intensamente projetos da reforma tributária mais voltados a suprimentos e working capital. Obviamente o ti vai nos acompanhar aqui até 33, porque nós vamos ter também mudanças de obrigações acessórias ao longo do tempo que o ti vai precisar ir acompanhando. Depois disso a gente vai para superou janeiro de 27. A gente vai para o terceiro o três de quatro desafio, que é janeiro de 29 quando começa a transição gradual do icms e s para o ib.
Roberto Bordinhão: (31:45):
Então a gente precisa entender agora impacto logístico que já começa a ter as perdas dos incentivos fiscais. A gente precisa entender a parte de estratégia próximos passos se faz sentido, eu manter aquele plano que eu tinha para os próximos passos, então footprint. Então a gente começa a perceber que todas as grandes áreas de uma companhia serão impactadas e deverão ter uma atuação, mas eu diria que cada uma é o seu tempo. Talvez esse seja seja o lado positivo dessa nossa reforma tributária a ser tão longa. A perfil de transação ser tão longo porque pelo menos eu consigo diluir pouco de tudo que eu preciso fazer ao longo desses oito anos, e não talvez ali tudo em dois anos, como por exemplo, foi na china, mas tudo tem o ônus
Marcio Zapater: (32:38):
E o bônus
Eduardo Borba: (32:39):
Perfeito. Obrigado e márcio. Olhando já que você tem, você comentou que tem uma estrutura bastante bem organizada já em andamento do seu projeto que indicadores que você está utilizando hoje para medir o seu progresso e mitigar o que pode aparecer de riscos a nessa jornada, porque tem bastante coisa desconhecida, ainda
Marcio Zapater: (33:01):
Olha eduardo. Aqui a empresa é uma empresa de projetos, não poderia ser diferente que a gente olhasse isso como projeto multidisciplinar. Ele tem dois grandes eixos hoje como o bordão falou que estão centrados em tecnologia em tributos que são os grandes. Vamos dizer demandador e que estão acompanhando mais de perto toda a migração e tudo que precisa ser feito até o final do ano e a gente tem olhado isso como avanço de projeto com as métricas clássicas de de avanço de progresso físico. Prazo, custos entregáveis ainda é muito prematuro. O momento que a gente está ainda tem muita água para passar debaixo da ponte, mas tem outras dimensões, outras variáveis importantes, uma delas eu até comentei aqui que é a dimensão de treinamento. Então a gente tem medido o percentual da força de trabalho que tem participado das conversas internas de educação e de disseminação de conteúdo. Além disso, a gente tem pela frente os prazos de cumprimento das obrigações, todas que a gente vai precisar estar atento nos próximos meses e também na dimensão mais contratual de medir quantos dos contratos já foram analisados se já estão em conformidade estão de acordo os contratos que são mais de longo prazo, então essas são algumas dimensões que a gente tem. Olhado tem olhado isso tudo ainda está em evolução. Não é desenho fechado ainda a gente tem aí até 2033 para seguir nessa jornada
Eduardo Borba: (34:46):
Muito bom e muito bem falado, porque assim você tem uma tradição de projetos. Então você tem alguns milestones conhecidos, mas alguns buracos no caminho ali
Marcio Zapater: (34:57):
Exatamente e que a gente vai ter que descobrir meio que passando por eles não tem muito por onde uma discussão que a gente teve muito interessante e ela é bem recente. A gente estava muito preocupado com a nossa arquitetura tecnológica, o que a gente vai precisar fazer com rp. A gente está no sap icc com apoio de vocês dos primeiros clientes da re. No brasil já estamos completando quase 10 anos, e a gente teve uma discussão interessante porque a gente estava justamente muito em dúvida do que fazer com a plataforma a. A gente segue do jeito que está a gente aproveita e substitui para uma plataforma mais simples e aproveita para simplificar todos os os os processos e essa oportunidade que vocês estão trazendo com o servicenow. Aqui nos pareceu muito interessante de combinar o melhor dos dois mundos de manter a infraestrutura, o core que a gente tem e de gradualmente ganhando eficiência, então são temas que a gente está descobrindo. A gente não tinha essa clareza até há ou poucas semanas meses atrás que a gente teve essas discussões e se aprofundou. Parece que é caminho que faz bastante sentido para a gente seguir. Mas enfim é dinâmico. E como todo bom projeto, ele precisa ter boas métricas de mitigação de risco e ante as questões antes que elas aconteçam
Eduardo Borba: (36:18):
Muita dilig o emendar uma pergunta para você, porque quando a gente fala, envolve empresa inteira e principalmente na cadeira do ceo. Todo head de empresa sempre ter board que a gente tem que envolver nas decisões mais críticas. Qual é a tua estratégia para envolver o teu board nas decisões, porque é uma decisão crucial para todo o grupo
Marcio Zapater: (36:43):
Sim, a gente tem tentado edu trazer essas discussões de uma forma mais tangível possível. Logicamente. O board não está no dia a dia não está sentindo as dores ali da execução. Então o que a gente tem feito. É trazer discussões com avaliação de cenários e principalmente de impacto financeiro do que isso significa para propõe para os seus negócios, o que a gente precisa prestar atenção em termos de adaptação do nosso negócio. Tanto do olhar como eu disse de fora para dentro como de dentro para fora, e como é que a gente consegue se valer dessa reforma para trazer competitividade e e alavancas de crescimento. Também não olhar só o lado negativo da moeda de fazer todo o investimento em infraestrutura em sistemas, em processos e de mudar tudo. Então a gente tem tentado encabeçar essas discussões com o conselho dessa maneira e também engajar a liderança a diretoria da mesma maneira, trazendo isso para fórum de discussão com cenário mais tangíveis concretos, explicando educando. A gente teve reuniões recentes lá na linha do que o fez aqui explicando para os executivos, o que representa qual é o cronograma o que a gente precisa fazer também para trazê-los onboarding. E para que tenha essa consciência do time de gestão executivo da importância e da prioridade que precisa ser dada para esse tema que não é só como eu disse antes uma reforma tributária. Ele pode representar uma reforma do negócio no fim do dia
Eduardo Borba: (38:29):
E é muito bom ter a tua fala. Acho que compartilhar com todos os presentes, porque a abordagem acho que é muito feliz de olhar o copo meio cheio do ponto de vista de negócio, todo o desafio que a gente tem a gente, não pode se ver na posição de vítima. Também tem a oportunidade o que você comentou de olhar quais são as oportunidades que a gente tem de otimizar o posicionamento da empresa no mundo dos negócios. E sempre quem sai por último, vai pegar comida fria ou vai pegar o resto da comida, se sobrar alguma, então tem muita preocupação de estar compliance. Mas se a gente olha está compliance, mas qual é a chance de otimização do negócio que eu tenho em conjunto com obrigação. Esse acho que é o modelo certo de abordar. Esse é o modelo de business. E aqui eu queria aproveitar fazer uma palhinha aqui no nosso pano de fundo que está aqui como o márcio muito bem colocou a gente.
Eduardo Borba: (39:29):
Tem como estratégia uma oferta já bastante bem consolidada e conhecida da rai que é suporte, então manter a instalação rodando com tudo funcionando. Não acho que é uma novidade para a maioria de vocês que são clientes é trabalho já muito bem conhecido, mas pensando nessa jornada de reforma tributária, a gente vai entregar cálculo de impostos. O bordão falou lá substitui icms pi, iss, pis, cofins por iva dual. Então a gente vai ter cbs e ibs s, a parte de solução técnica a gente vai entregar aqui como suporte. Basta óbvio que não todo mundo sabe que você vai ter que fazer vários passos à frente e os passos à frente, como que a gente como rimini ajuda, vocês a trilharem de uma maneira mais esmiuça o mais tranquila possível com o menor impacto possível para o negócio. A gente está colocando uma oferta ali de serviço.
Eduardo Borba: (40:32):
Gerencia gerenciado por quê. Vocês vão ter que fazer várias rodadas de teste a cada nova modificação ou regulamentação que sai. O business não pode ficar para trás, então a gente tem lá uma oferta de ser gerenciado exatamente para apoiar o dia a dia dessa operação, e para lidar com as adaptações que venham as novas publicações e por último, também como o márcio colocou bem ali, a gente tem uma visão de inovação usando essa plataforma ou tirando o máximo proveito da plataforma existente. Então, quando a gente fala de inovação a gente pode falar da simples automação bots, eu posso falar de bots inteligentes lá dos agentes. Eu posso usar o lm que tem hoje selecionado por cada uma po, usar isso para coisas mais simples ou mais sofisticadas quando falando de ação de impostos e modelo di de ação de impostos. Hoje todo mundo tem uma carga manual de trabalho muito grande, o que a gente conseguir colocar de automação a gente cria otimização do processo, então por isso que eu quis colocar aqui para de fundo para lembrar que não é o fim do mundo. É difícil vai ser desafiador, mas não é o fim do mundo para a gente e para a gente chegar aqui nos fin o nosso tempo está se esgotando. Eu queria uma palavrinha de ambos aquele famoso que takeaway resume em uma frase para compartilhar com os colegas perguntando assim qual é o diferencial que você nota das empresas para que elas liderem o processo. No caso do márcio, o que você aconselharia os seus colegas presentes aqui a agirem bordão também depois uma sequência comenta
Marcio Zapater: (42:30):
Pensando no diferencial aqui edu eu penso que o grande diferencial de quem vai ser bem sucedido nessa jornada é justamente a capacidade de adaptação rápida e estratégica, porque estratégica, porque como já mencionei a gente precisa olhar isso também como uma possibilidade de melhorar a eficiência e de trazer vantagem competitiva para o negócio. Então acho que isso vamos dizer o ponto comum aqui das empresas que conseguirão fazer essa jornada aqui com sucesso
Eduardo Borba: (43:04):
Joia. Obrigado,
Roberto Bordinhão: (43:07):
Eu concordo cent com essa fala do márcio. Então eu não vou repetir essa parte, eu vou talvez só acrescentar que a gente tem percebido nas empresas que a gente está. Atendendo é uma comunicação cent aberta e clara sobre o que é a reforma tributária e o que ela representa para o negócio. Com essa comunicação, a gente consegue tocar as pessoas e fazer com que cada faça parte e entenda o que isso vai mudar na sua área no seu processo na sua rotina no seu dia a dia. Com isso, a gente consegue ter o engajamento de todos para fazer com que o projeto realmente saia do papel e aconteça
Eduardo Borba: (43:54):
Maravilha, meu muito obrigado aos nossos painelistas. Aqui, márcio foi grande exemplo aqui para a gente da forma como lida com a diversidade de negócios, então é grande parceiro ri en meu muito obrigado. Por isso agradeço baita parceiro nosso também aí de consultoria e eu não combinei com eles. Mas eu queria deixá-los à disposição para quem quiser, bater papinho no café. Tal eu estou à disposição também porque é tema que eu acho que quanto mais a gente trocar pouco de informações, dicas que esse é o objetivo do painel ilustrar pouco das dicas e como que a gente está superando as adversidades aí que são grandes desafios, então mais uma vez meu muito obrigado e me põe à disposição de todos e queria pedir uma grande salva de palmas aos nossos painelistas, muito obrigado, obrigado.