Edenize Maron (00:09):
A primeira coisa que vem na cabeça, pelo menos na minha experiência nos últimos anos, quando a gente começa a falar de uma arquitetura substancialmente diferente, é: quais são as implicações? Eu me lembro de um dia conversando com a Dani, ela falou: “Edenize, será que eu deveria investir agora em upgrade? Estou em dúvida se vou ou não, mas se eu não for, como vou explicar para o meu board? Como vou estender a vida dele?” Então, Dani, se você puder, antes de tudo, explicar um pouco sobre a Rodobens e depois contar essa situação que acabou gerando muito estudo.
Daniela Zanfolin (00:48):
Boa tarde, prazer estar aqui, obrigada pelo convite. A Rodobens atua basicamente em dois grandes setores: o setor de varejo automotivo — nós temos concessionárias de veículos comerciais, representamos a Mercedes-Benz no Brasil e temos uma grande representação da Toyota também, espalhada pelo país todo, são quase 50 concessionárias — e o outro braço da companhia são os serviços financeiros. Nós temos um banco de fomento ao nosso varejo automotivo, uma empresa de seguros e também a grande empresa do grupo, que é a Rodobens Consórcio, uma das maiores administradoras de consórcio do país. Então é uma miscelânea de negócios, todos sinérgicos,em torno do varejo automotivo, concessão de bens. E tudo isso, tem um desafio muito grande para gente, porque a gente atua com uma área de serviços compartilhados, e o nosso grande ERP é o SAP. Estamos nessa jornada de SAP há quase 20 anos e há quase 10 anos com a Rimini.
Edenize Maron (01:59): E você lembra o dia em que me ligou e falou: “E aí, como é que fica a segurança? Como é que fica a interoperabilidade?”, lembra?
Daniela Zanfolin (02:05):
Ouvindo um pouco o Renan, me passou um filme na cabeça, porque tem muito disso. Existe uma cobrança muito grande dentro da companhia em relação à obsolescência do software. Acho que a maior parte dos clientes que está nessa jornada de análise do futuro do ERP tem essa preocupação, e é importante que isso esteja dentro da discussão da companhia.
Daniela Zanfolin (02:33):
E a gente vinha de um estudo muito aprofundado sobre uma possível migração, e comparativamente com qual seria a estratégia de uma não migração. E essa preocupação com o que fazer, se a decisão for de não migrar, ela também é muito importante, pois traz uma reflexão muito grande, porque você sai do contexto de olhar apenas o ERP e passa a olhar quais são os grandes desafios que precisamos compor com o ERP. E aí temos, de um lado, os desafios de segurança, que são decorrentes de um software que começa a envelhecer, mas também, por outro lado, quais são as estratégias ligadas à inovação, à produtividade dos times, que precisamos atingir. Foi muito com esse olhar que saímos de uma camada só de ERP e começamos a olhar o todo.
Daniela Zanfolin (03:30):
A gente também não conhecia tanto o conceito de ERP composable, e foi a Edenize que trouxe isso para a gente. E pensamos: “Estamos fazendo um pouco disso, talvez não tão bem organizado como a visão do Gartner, mas estamos fazendo.” Então passamos a olhar esses elementos no sentido de entender qual é o papel da nossa camada de integração. Já tínhamos uma série de microsserviços, APIs expondo e integrando o backoffice.
Daniela Zanfolin (04:02):
Ainda não temos um ServiceNow, que precisamos ter e está no nosso roadmap essa conversa, mas tínhamos outras interfaces que faziam esse papel de abstração da complexidade do SAP. A nossa estruturação de dados, o data lake que faz parte das integrações e da disponibilização de informações, também com uma série de informações. Então começamos a olhar isso como uma completude de soluções a serem agregadas.
Daniela Zanfolin (04:36):
E aí conseguimos definir uma estratégia mais robusta, integrada, de todas essas camadas de arquitetura. E hoje não nos limitamos a essa questão, estamos no ECC6, e não é um limitador, mas sim como parte estratégica das soluções, que precisa ter seus cuidados. Estamos também em um caminho de segurança muito protetiva desse core, que tem seus desafios de obsolescência, mas pensando em como trazer soluções integradas que entreguem as partes do ERP que são importantes para inovação, produtividade e eficiência dos times, de forma bastante governada. Então é um pouco dessa jornada que estamos seguindo e desenvolvendo.
Daniela Zanfolin (05:20):
E um ponto importante aqui é a questão da comunicação — o Renan também falou disso — porque essa decisão de não migrar, de não colocar o esforço, principalmente financeiro, mas também de toda a companhia — porque não é um esforço só de TI, envolve a companhia todo em uma migração — ela foi feita em conjunto com o board da empresa, com momentos de reavaliação.
Daniela Zanfolin (05:54):
Definimos um ciclo de dois anos, em que vamos sentar novamente, reposicionar, entender a decisão, os indicadores que conseguimos evoluir e também uma análise de risco. É dessa forma que temos feito nossos ciclos de discussão e posicionamento da nossa estratégia de ERP, de inovação e de toda a composição de soluções.
Edenize Maron (06:14):
Quer dizer, você não parou para fazer upgrade, mas continua entregando o que o negócio precisa, certo?
Daniela Zanfolin (06:20):
Exato. E aproveitando o tempo, que é muito restrito, de uma forma que a gente entende que, para o momento da companhia, faz muito mais sentido do que entrar em um projeto de 12 a 14 meses de migração.
Edenize Maron (06:31):
Esse é um bom ponto, porque não se trata somente de dinheiro. É a prioridade e a atenção que você vai ter que colocar naquela priorização. Vou pedir agora para o Geraldo contar um pouco da experiência dele, falar da Química Amparo — para a maioria das pessoas, sabão Ypê, gente, pelo amor de Deus, todo mundo usa — mas, se puder, fale um pouco da sua história e como está se organizando, Geraldo.
Geraldo Pereira (07:04):
Obrigado, Edenize, boa tarde ou boa noite, não sei bem o horário, mas boa tarde, obrigado também, é um prazer. Obrigado pelo convite. O endereço muda, mas os desafios, os problemas e as oportunidades são muito parecidos. Ouvindo vocês, não é muito diferente. A Química Amparo — a gente nem gosta mais de ser chamado assim, queremos cada vez mais fortalecer a marca Ypê, do detergente Ypê, do sabão Ypê — e cada vez mais atuando com personal care. Nós adquirimos a marca Banho há pouco tempo, temos investido também no personal care, em outros canais.
Geraldo Pereira (08:00):
Nós temos um planejamento estratégico que foi escrito em 2022 e vai até 2028, chamado 77, porque a Ypê fez 70 anos em 2020, salvo engano, e esse planejamento é muito claro: como o nome já diz, dobrar de tamanho, ou seja, faturar o dobro do que faturava em 2022 até 2028, em sete anos, obviamente preservando as margens e com toda a questão ESG mantida. Isso exige, obviamente, que o CIO desenvolva uma estratégia pari passu com esse crescimento tão rápido e tão desafiador.
Geraldo Pereira (08:51):
E, quando falamos de atualização de todo o landscape de sistemas, incluindo o ERP, a gente não podia, de forma alguma, ser uma barreira ou gerar atrito para esse crescimento acelerado. Muito pelo contrário, o que se espera da área de tecnologia é que ela seja propulsora disso, que traga soluções, que retire todos os atritos do caminho, que leve uma boa experiência aos colaboradores — desde mantê-los o maior tempo possível dentro da organização até para que possam dizer que ali é um local onde, digitalmente, têm uma boa experiência. Foi muito engraçado porque eu brinco com a Edenize que acho que a Rimini é quase uma empresa filantrópica, porque temos relacionamento de três anos e só assinamos contrato semana passada. Já faz três anos que a gente vem trocando experiências e parceria de fato.
Geraldo Pereira (10:07):
Isso é muito legal, porque se fala muito sobre parceria, mas se vê muito pouco como a Rimini apoia, seja seu cliente, seja seu prospect, ajudando mesmo, como foi o nosso caso. Foi muito interessante porque conseguimos fazer uma série de coisas em uma coisa só. Nossa ideia era: pensamos em composable, pensamos em manter o ECC, mas também pensamos em ir para o RISE. Fizemos todo o business case e, no fim, não fizemos nem uma coisa nem outra. Eu acho que isso também é composable — nem manter o ECC, nem ir para o RISE. Conseguimos fazer a atualização tecnológica, fizemos a atualização para o S/4HANA, mantivemos on-premise, com uma baita ajuda da Rimini, da Edenize, Mariotto e de todo o time nos apoiando.
Geraldo Pereira (11:14):
E agora o grande desafio, depois de termos feito essa atualização lá em oito meses, é a sustentação disso pela Rimini. Mas, como eu disse, o primeiro desafio que tínhamos em TI, nós superamos: tirar a obsolescência de todo o parque, gerar capacidades para esse crescimento. Mas agora somos cobrados por trazer modernização, gerar mais negócios, mais valor aos clientes que hoje consomem nossos produtos. Então daí vêm nossos próximos investimentos com a Rimini e com a ServiceNow.
Edenize Maron (11:57):
Geraldo, eu me lembro também que você comentou a necessidade de desconstruir conceitos que o próprio provedor levou para o presidente, porque vocês todos — a maioria sabe — que o C-level também tem opinião de querer ir para a cloud, de querer ir para o RISE, de querer ter IA, então muitas vezes, eu me lembro que teve uma situação que, se não me engano, o presidente da Química Amparo também estava com ideias que você teve que explicar que não seria bem assim.
Geraldo Pereira (12:33):
É, na verdade, quando eu ingressei na Ypê em 2022, já havia uma decisão formada: “Nós vamos para o RISE, porque se a gente não fizer isso, vamos ficar para trás, vamos deixar de ser competitivos”. E cria-se ali uma situação bem difícil, porque uma decisão tomada dentro de uma empresa que, apesar de estar presente em 100% dos lares brasileiros, é uma empresa 100% brasileira e cujos sócios ainda estão na organização — nosso CEO e nosso vice-presidente são da segunda geração — conhecem muito de tecnologia, o que torna o desafio maior ainda, porque eles te contratam, mas conhecem muito, sabem do mercado.
Geraldo Pereira (13:43):
Então, naquele momento, foi fundamental termos muito claro, especialmente, quais eram as letras miúdas, bem pequenas, no rodapé do contrato do RISE. Não estávamos sendo enganados, mas precisávamos ter uma leitura muito atenta, não diferente de outros softwares que temos, como Microsoft, como Salesforce. O teu nível de flexibilidade para desconstruir ou para ter velocidade, para avançar na geração de novos negócios, na criação de valor, é bem diferente.
Edenize Maron (14:24):
Na Apsen, também é uma empresa familiar. Qual o nível de influência ou de opinião, ou mesmo de conhecimento do assunto?
Renan Santos (14:37):
Influência, opinião e conhecimento são bem diferentes.
Edenize Maron (14:42):
Influência?
Renan Santos (14:43):
Infuência é máximo. Eles não tem conhecimento de tecnologia nenhum. Então isso é bom, mas às vezes é ruim, porque é bom para você vender a ideia, mas ruim porque o patrocínio não é 100%. Não é 110% como possivelmente seria se alguém conhecesse. Você vendeu a ideia, a ideia está comprada. Então, eu acho que é um meio-termo, mas é um bom cenário, na minha opinião, porque a gente tem — não independência, mas — autonomia muito grande de propor soluções e tudo mais.
Renan Santos (15:25):
E aí eu sempre levo para a decisão, mesmo que não entendam, eu mostro o caminho A, B, C, como a gente falou: para migrar é assim, para não migrar é assim, quais os prós e contras. Por isso trago bastante endosso de Gartner, etc., porque aí fala uma língua do tipo: “Ah, está bom, eu sei quem é o Gartner, sei que tem mais gente falando”. Então ajuda nessa construção.
Edenize Maron (15:46):
A gente acaba citando o RISE muitas vezes, mas pode até passar uma mensagem equivocada, porque acaba havendo uma correlação de ir para essa direção e não fazer inovação imediatamente. Então acaba coincidindo um pouco o momento em que a gente está falando de ter que entregar solução para o negócio o mais rápido possível, e estar concorrendo com a decisão. Então eu diria que foi até uma certa coincidência, mas nada contra o RISE. É aquilo que você falou, não é, Geraldo? Ninguém está enganando, está tudo muito bem escrito.
Edenize Maron (16:27):
Mas, como parte da decisão, tem o upgrade e também a expectativa de adoção das novas tecnologias do próprio provedor. E aí, como você falou, o conceito do provedor é igual ao que discutimos aqui, mas com a prerrogativa de que vai ser adotada a tecnologia do mesmo fabricante.
Edenize Maron (16:50):
Aí eu vou fazer uma pergunta para o João: João, você já está há 10 anos no ServiceNow, quase isso?
João Cerqueira (16:52):
Dez anos e pouquinho.
Edenize Maron (16:53):
Pouquinho mais. Então, como é que é essa concorrência por espaço na agenda dos CIOs? Como é essa concorrência, digamos assim?
João Cerqueira (17:04):
Posso aproveitar o início para agradecer por estar aqui neste evento, agradecer por todos estarem também compartilhando conhecimento, aprendendo e nos ouvindo, agradecer a parceria da Rimini com a ServiceNow. E já que você fez o gancho sobre SAP, vou contar um pouco de uma história. O atual presidente global da ServiceNow se chama Bill McDermott. Ele era presidente da SAP, e ele adquiriu a ServiceNow para a SAP com que necessidade? Ele queria ter uma torre de controle para ter visibilidade dos negócios da SAP e, mesmo sendo dono do ERP da SAP, com o SAP ele não conseguia. Então, acho que a gente não está tratando aqui de minimizar ou atacar o SAP. A gente está colocando aqui o fato de como posso expandir possibilidades, como posso cocriar, complementar, crescer. E é assim que eu vejo que podemos ganhar espaço na mesa do C-level — não dizendo “preciso fazer um projeto de 10 milhões, preciso migrar”, mas dizendo “eu tenho uma arquitetura, eu tenho conhecimento”.
João Cerqueira (18:14):
Nós evoluímos nossa arquitetura baseada em ERP até determinado nível e chegamos a um ponto da história — não que a decisão anterior estivesse errada — mas chegamos a um ponto em que existe uma transformação em andamento. Não podemos minimizar o fato de que os ERPs fizeram um grande trabalho e nos ajudaram na transformação digital, certo? Os dados estão lá, muitas das informações estão lá, muito do conhecimento está lá.
João Cerqueira (18:14):
Estamos em um momento em que precisamos capturar esses dados e informações, transformar isso em contexto, aplicar inteligência e colocar isso em benefício das necessidades de negócio. É aí que eu vejo que conseguimos ganhar espaço na mesa e discutir — não estamos aqui para destruir o passado, nem para dizer que ele estava errado, mas para trazer o futuro.
João Cerqueira (19:19):
E para isso, faço até uma pergunta para todos: quem hoje ainda não falou com seu ChatGPT ou equivalente? Exato. E nós temos uma máxima na ServiceNow: nos posicionamos como a torre de controle de inteligência no ambiente de negócio das empresas, porque primeiro a gente reconhece que a inteligência vai ser tão inteligente quanto forem bons os dados disponíveis para serem consumidos. Esses dados sendo colocados no contexto correto e esse contexto sendo transformado em ação — muitas vezes com os agentes de IA realizando todo o trabalho, independentemente, até o ponto em que a inteligência humana, o conceito, o jeito humano de ser seja necessário para tomar decisões. Assim enxergamos do nosso ponto de vista.
João Cerqueira (20:22):
Existem três grandes componentes: dados — e hoje ouvimos falar muito de workflow data fabric. Como eu chamaria o workflow data fabric para quem não conhece tecnologia? Para mim, imediatamente, quando aprendi o conceito, pensei no Netflix, no Disney Plus, no Amazon Prime — tudo está lá para ser consumido. Eu não sei como está lá, mas eu quero assistir ao filme do James Bond 007. Estou falando isso porque eu adoro James Bond, meu sonho de infância era ser espião.
João Cerqueira (20:57):
Eu não sei como é que a Netflix faz isso.
Renan Santos (20:59):
Você é da SAP e está na ServiceNow, então…
João Cerqueira (21:03):
Boa, boa! Eu não sei como as coisas estão armazenadas lá, mas à medida que quero consumi-las, eu consumo. Eu assisto ao filme, não preciso esperar o horário do filme na televisão como era antigamente, ou estrear no cinema para depois assistir. Antes saía do cinema, e eu tinha que esperar um ano para chegar na TV a cabo, dois anos para chegar na TV aberta. Então, para mim, isso é o workflow data fabric: o dado está lá disponível a qualquer hora, em qualquer momento. Eu não preciso replicar, não preciso trazer, não preciso fazer cópia, não preciso ficar me preocupando se tenho a última versão ou não — ele está onde deve estar, eu só preciso consumir, trago a informação, contextualizo a informação, e aí entra muito do que é inteligência.
João Cerqueira (21:53):
Existem inúmeros componentes de inteligência, machine learning para citar um, process mining, que estamos usando na Apsen, os próprios agentes de IA. Essa orquestração se transforma em ação, em resolver problemas do cliente, como fazer a transferência de material e controlar. Então vejo o posicionamento assim, e vejo que podemos ganhar espaço na mesa para discutir.
Edenize Maron (22:23):
Isso. Aqui a gente teve um pouco de sorte, entre aspas, porque no caso da Ypê existe um projeto institucionalizado de inteligência artificial, não é, Geraldo? Então você já tem isso, digamos, formatado e contando com esse projeto para suportar o crescimento muito agressivo que foi colocado como meta em termos de vendas.
Geraldo Pereira (22:47):
É isso. É engraçado: a Ypê tem fábricas no Brasil todo, mas suas principais unidades produtivas estão no interior de São Paulo, na cidade de Amparo, que é super pequena e faz produtos que não são nada “fashion” — detergente, sabão em pedra, sabão em pó, lã de aço — nada “fashion”.
Geraldo Pereira (23:23):
E nós temos lá o centro de distribuição mais automatizado da América Latina. Nosso CD opera somente com robôs. Fomos uma das primeiras empresas a lançar um agente de inteligência artificial para os consumidores. Se você for ao site da Ypê, tem a Yara, com Y, que você pode perguntar tudo sobre limpeza. Os nossos planos de negócio, que são gerados junto com os clientes e grandes players, especialmente, são gerados através de inteligência artificial, algoritmos da década de 70, mas com o poder computacional de agora. Então, por isso — e vou fazer como o Renan — não é porque é da Ypê…
Geraldo Pereira (24:12):
Mas é por isso que, quando a gente pega um produto que tem custo superacessível, mas um nível de qualidade às vezes até superior ao de marcas mais caras, é porque tem esse nível de automação e inteligência aplicada.
Qual é o desafio que a gente tem agora? Queremos melhorar ainda mais a experiência do nosso cliente direto, não do consumidor, mas do nosso cliente, porque ele vê no nosso produto uma chance de rentabilizar também. Quanto mais rápido o detergente da Ypê sai da gôndola, mais o varejista fatura, então ele tem exigido isso de nós, que entreguemos mais, façamos mais rápido. É aí que pensamos na parceria com a ServiceNow e com a Rimini, justamente para poder, nesse processo do order-to-cash, identificar quais são as lojas que estão se aproximando de uma eventual ruptura ou que precisamos reabastecer para não baixar o ponto de reposição, ou até mesmo priorizar uma entrega — às vezes precisa mais do sabão em pó do que do detergente, ou do multiuso.
Geraldo Pereira (25:48):
Isso hoje é feito por caminhão de gente.
Edenize Maron (25:52):
Em vários sistemas, porque a gente acaba assumindo que os processos todos correm dentro do ERP, o que é um equívoco. Depois, quando entramos para o mais limitado, que é o processo que selecionamos para fazer o primeiro passo, já é assustador ver o tanto de atividades fora do ERP.
Geraldo Pereira (26:11):
É isso, e tem o “Excel Resource Planning” também, que esse aí anda pari passu. Então usa SAP, depois Excel, depois vai para o Salesforce, depois Excel, depois para o Transportation Management, depois Excel. Esse manuseio todo é nossa expectativa, junto com a Rimini e a ServiceNow, de ter algo muito diferente do mercado, assim como comentei há pouco: fomos dos primeiros a levar o agente para resolver as dúvidas de quem mora sozinho, de quem nunca teve o hábito de limpar sua casa, e assim por diante, o CD mais automatizado, e queremos ter o processo order-to-cash mais ágil e eficaz da nossa indústria.
Edenize Maron (27:06):
Claro. Eu lembro quando a gente estava com a própria Apsen, quando fomos definir qual seria o primeiro processo ou subprocesso para testar o valor da arquitetura. É comum alguns clientes criarem um processo que não mexe o ponteiro. Eu falei: “Não, vamos pegar o difícil, porque se o difícil funciona e gera resultado imediato, depois o deployment fica muito mais óbvio”. Mesmo porque, pelo que acho que na Apsen foi assim, entendo que a área usuária, o business, pede mais para você, não?
Renan Santos (27:45):
Com certeza. Mudou totalmente. A relação trouxe mais problemas, na verdade, que bom — mas problemas bons de negócio, de entender do tipo: “Então agora é possível fazer isso?” E você imagina a cabeça do cara que sabe que 90% dos processos dele são feitos de uma forma ruim, e poderiam ser melhores. Isso abriu muitas portas.
Edenize Maron (28:07):
Porque em duas semanas de realização… Eu lembro que o marketing se envolveu, o pessoal de logística também.
Qual foi o nível de envolvimento na Rodobens ou a ansiedade da tua equipe para a adoção das novas tecnologias?
Daniela Zanfolin (28:30):
É grande. Hoje, a gente vive aqui — acho que como todas as empresas, de forma geral — uma pressão por eficiência, por produtividade. Então a gente está com um programa também de inteligência artificial. Nós estamos lá com pelo menos um terço da companhia com agentes, e nesse processo de criação de cultura de uso de IA, para de fato otimizar os esforços e conseguir evoluir no planejamento estratégico que a companhia tem para os próximos três anos.
E começamos a ver que esse aumento de maturidade, no primeiro momento, está focado em pequenas atividades do dia a dia, mas começa a evoluir para uma demanda mais de integração sistêmica, e é inevitável que isso chegue no ERP. Então estamos num momento de estruturação de toda essa governança, de como entregar as capacidades do ERP para que as áreas consigam consumir isso da melhor forma, através dos agentes. É uma grande preocupação, então estamos construindo isso, e as questões de segurança que a gente vem conversando são imprescindíveis — a questão de como trabalhar essa segmentação de responsabilidades, e também as demandas pelo ERP de uma forma mais portável, segmentada através das nossas APIs. Então estamos nesse momento.
Daniela Zanfolin (29:52):
A demanda das áreas é muito grande e começamos a fazer os primeiros pilotos. A gente vê que a primeira área que lança já começa a virar vitrine, e aí essa exposição é muito grande — sair de um processo que levava X tempo para uma otimização de 40%, 50%, então isso é muito legal, só que estamos dando passos bem conscientes no sentido de entregar todas as camadas de monitoramento, de garantia, para que essa escalada aconteça da forma correta, governada, e que não tenha nenhum ponto de ruptura depois, com relação à adoção dessas tecnologias.
Edenize Maron (30:50):
Perfeito. O Renan fez uma colocação que eu queria validar com vocês, que ele diz o seguinte: não adianta a gente ter o conceito, mas, na hora que chegar na integração, na parte técnica, se não tiver produto e não funcionar, não adianta nada.
Isso a gente tem até discussões dentro da própria Rimini. A importância de falar sobre integração, porque, na sua essência, são projetos complexos. Nessa camada também de integração, vocês têm essa consciência? Estou falando isso até para justificar um pouco, João, o papel da Rimini nessa história. O que você acha?
João Cerqueira (31:31):
Para mim, tem três fatores: que quando estamos falando de IA, estão virando um mito. E no começo da inteligência artificial, começaram a falar de alucinação. E a alucinação tem um monte de manchete em jornal. Se a gente estudar um pouco mais o que é alucinação, na verdade a gente pegou modelos genéricos, deu dados genéricos e pediu para eles fazerem funções específicas.
João Cerqueira (32:07):
Então é como se a gente dissesse para nossos filhos de cinco anos, que aprenderam a falar e agora estão raciocinando: “Resolve a equação da relatividade para mim”. Era isso que estávamos fazendo. Esse é o ponto que a gente tem que ter consciência, mas também ter consciência de que já passamos essa ponte. Por exemplo, com a tecnologia da ServiceNow, nós temos nossos cientistas de dados, temos modelo de dados, temos arquitetura. Então toda a inteligência embutida na plataforma já não passa mais por essa possibilidade de alucinar, porque já tem os guardrails colocados ali — a gente aprendeu isso.
João Cerqueira (32:49):
Nós evoluímos isso para um modelo de governança de IA, porque admitimos — e isso é certo — que não existe uma única inteligência que vá resolver 100% das necessidades das empresas. Então construímos um modelo de governança que ajuda as empresas a trazerem para dentro da plataforma ServiceNow o controle dos agentes que estão navegando. A gente coloca ali o modelo de governança. Aí vem o segundo item, que é segurança. Esse controle significa que vou autorizar determinados agentes a realizarem determinadas atividades, e não simplesmente que qualquer um da empresa possa pedir para o copiloto ler o arquivo de faturamento da empresa e fazer uma análise para o varejista, porque essa é uma inteligência que eu quero proteger. Também quero controlar o acesso a isso.
João Cerqueira (33:45):
E o terceiro fator é a interoperabilidade, porque se estamos falando de múltiplos sistemas, integração, preservação de investimentos, eu tenho que admitir que vou conectar diversos tipos de inteligência, também com agentes falando com outros agentes, com agentes falando com APIs para extrair dados, com agentes falando com machine learning, com o machine learning contribuindo. Então pensem nisso como tendo um controle, um “sistema operacional” que garante que o fluxo dessas informações de inteligência vai estar sob guardrails que eu sei quais são — é minha governança, é meu jeito, é minha arquitetura, é meu modelo de negócios, são meus riscos mapeados.
Edenize Maron (34:35):
E só a Rimini sae ajudar.
João Cerqueira (34:36):
E é aí onde está o papel da Rimini nisso? Exatamente. Foi por isso que, lá no começo da apresentação, o Bill McDermott — desculpa, esqueci o nome do presidente.
Edenize Maron (34:46):
Seth Ravin!
João Cerqueira (34:47):
Seth Ravin, isso. Eles fizeram aquela declaração, e nós estamos aqui de mãos dadas, em conjunto, trabalhando. Criamos o primeiro caso de sucesso global da parceria junto com a Apsen — até desculpa o parêntese, mas quando eu cheguei na ServiceNow há 10 anos, meu grande sonho era ter cliente brasileiro falando no Knowledge, que é esse evento que a Edenise citou aqui, que o Renan esteve. E não só conseguimos isso, como já chegamos ao ponto de ter cliente brasileiro contando para todo mundo como é que se inova.
Renan Santos (35:23):
Parabéns para todos.
Edenize Maron (37:27)
Show!
João Cerqueira (35:27):
E foi muito interessante ouvir dos americanos a mesma coisa: “Como assim, a gente nem anunciou a parceria e já tem caso de sucesso? Como assim o CIO já está pronto para vir aqui falar para a gente e contar a história?”
Então é disso que nós somos capazes juntos — Rimini, ServiceNow, vocês — e cada um de nós para transformar, inovar. E eu acho que a gente está só olhando a superfície; o iceberg ainda está bastante escondido. Tem muita coisa vindo por aí, e meu convite é: vamos ser os pioneiros.
Edenize Maron (36:01):
Exato. Não ter medo de já começar a usar, porque no fim é muito controlado. Eu lembro com o Geraldo no caso da Ypê, é interessante porque a Rimini, como provedora de serviço e tecnologia, já teve reunião com o CFO, com o COO e com o próprio presidente. Então é impressionante como o business, no seu mais alto nível, está envolvido nessas conversas e o quanto a expectativa é alta e de resultado rápido. Então acho que é bom o João falar isso, Geraldo, porque agora com o nosso projeto lá vamos ter todo o apoio da ServiceNow para virar um case incrível, global.
João Cerqueira (36:45):
Aliás, convite — eu falei que o Bill McDermott queria ter uma torre de controle, ele criou a dele na SAP e veio para a ServiceNow — convidem a Rimini e a ServiceNow para mostrar para vocês como juntos podemos construir essa torre de controle para cada uma das empresas de vocês.
Edenize Maron (37:02):
Muito bom.
João Cerqueira (37:03):
É ver como funciona na ServiceNow, porque conseguimos, dentro de determinados limites, mostrar o que o Bill McDermott gerencia lá no cockpit dele em Santa Clara. E como ele chega na informação do que está acontecendo no vendedor que vende para a Apsen aqui no Brasil, em conjunto com a Rimini.
Edenize Maron (37:22):
Pois é, aí tem uma questão importante, pessoal, porque as tecnologias estão disponíveis e, naturalmente, os consumidores de produtos e serviços vão precisar da gente para prover tudo isso.
E eu me lembro, Renan, que você soltou uma RFP para contratar serviços justamente para fazer esses primeiros processos, e você falou: “Vou soltar a RFP e ver como o mercado está organizado para prestar esse tipo de serviço”. Pode compartilhar com a gente — não precisa citar nomes, naturalmente — qual foi sua percepção, o quanto o mercado de serviços de TI está preparado para prestar esse tipo de serviço?
Renan Santos (38:07):
Ficou bem claro que não está organizado. Depois do piloto que a Edenise está falando, a gente abriu uma concorrência formal para fazer este ano de projeto que eu comentei, e a parceria não só pelo know-how da Rimini, mas essa sacada de que o caminho do futuro do ERP é esse — ServiceNow via SAP — foi algo que só a Rimini apresentou para o mercado. As empresas que participaram da RFP eram empresas que entregavam serviço de ServiceNow e SAP, mas basicamente elas entregaram duas propostas, provavelmente até diretorias distintas que estavam entregando as propostas que chegaram lá. Mas uma falava uma língua e a outra falava outra língua.
Renan Santos (38:51):
Isso faz muita diferença, porque quando a gente fala do que quer fazer aqui, estamos falando em digitalizar processo de negócio que roda em cima de ERP. Então é muito mais fácil, em tese, alguém que conhece profundamente o SAP se aproximar e liderar o processo, estudando o ServiceNow, que é uma plataforma com uma curva de aprendizado muito menor, do que você pegar um desenvolvedor de ServiceNow e explicar para ele o que é processo interno de negócio.
Esse foi o caminho que a gente acreditou, inclusive dentro do time de tecnologia da Apsen. A gente mudou a organização: não tem mais time de SAP ou de ServiceNow, é um time de plataforma que cuida das duas coisas.
É justamente isso que vimos acontecendo, e que vocês mostraram: vocês estão caminhando para ter, óbvio, alguns profissionais mais especialistas em ServiceNow, mas é muito mais rico quando tem gente com background grande de SAP que já sai desenhando e encontra os atalhos mais fáceis, porque estamos digitalizando processo de negócio, no fim do dia.
João Cerqueira (39:59):
Posso acrescentar uma coisa que você me trouxe agora à lembrança? Acho que o Cristiano está aqui, lá — o Cristiano é da ServiceNow e participou desse processo também — e o Zé Henrique também participou desse processo. Eu lembro muito bem. O Zé Henrique era dos nossos consultores ServiceNow, dedicado ao relacionamento com a Apsen e com a Rimini. E eu me lembro de uma frase do Zé Henrique: a gente trabalha com vários parceiros, vários deles globais também, e ele ficou muito impressionado com a qualidade dos profissionais da Rimini, de quão rapidamente eles conheceram o conceito da plataforma e conseguiram entender como extrair o melhor benefício entre o que está no SAP e como mover para a plataforma, e como transformar isso digitalmente de forma rápida e sem complexidade para os clientes. Essa questão das duas semanas também foi muito surpreendente para a gente na ServiceNow — parabéns!
Edenize Maron (40:55):
Nem combinamos, juro!
João Cerqueira (40:57):
A fala dele me trouxe essa lembrança muito clara.
Edenize Maron (40:59):
Bom, no fim, essa é a nossa missão para quem trabalha com serviços premium — atender essa expectativa dos clientes. Muito bem.
Eu estou aqui até um pouco aflita com a Dani, porque ela tem uma reunião, temos alguns minutos a mais. Eu ia pedir para cada um de vocês, se puderem, fazer uma recomendação. Acho que estamos todos no início de uma nova era. A única diferença é que não se trata mais de anos — às vezes é de meses, às vezes de dias — essa coisa do tempo mudou demais. Se vocês puderem compartilhar com a audiência algo que os encoraje a dar o primeiro passo, qual seria?
Geraldo Pereira (41:49):
Eu vou dizer qual é a nossa diretriz em relação a tudo isso que falamos aqui, especialmente de investimentos em tecnologia, sejam eles mais tradicionais ou disruptivos, como IA e IA generativa. Na Ypê a gente tem um mantra: isso tem que ser seguro, responsável, com toda a questão ESG, e financeiramente viável também. Então, se estivermos olhando debaixo desse guarda-chuva, a gente está no caminho certo! Então olhando para isto, é o que a gente tem avançado lá.
Edenize Maron (42:36):
Muito bem. Então é começar direito. Muito bom.
E você, Dani?
Daniela Zanfolin (42:42):
Olha, quem vem de tecnologia, antes da cadeira atual, eu sentava na cadeira de arquitetura. A gente tem muito apego ali pela atualização tecnológica, e acho que a minha recomendação vai muito no aspecto de: sim, a gente precisa ter responsabilidades técnicas com segurança, performance, mas também precisa ter o olhar sobre quais os gatilhos de negócio estamos de fato acionando com cada decisão.
Daniela Zanfolin (43:18):
A atualização de ERP precisa estar muito alinhada com indicadores de negócio. E, quando a gente trouxe isso como fator de decisão para a mesa e começou a olhar quais eram os ponteiros que de fato a gente mexeria, vimos que não era o caminho naquele momento. Então, acho que fica aqui essa questão de fazermos a melhor arquitetura orientada pelos direcionamentos da companhia e pelos indicadores que fazem sentido no momento atual de cada uma das empresas.
Edenize Maron (43:50):
Espetacular, muito bom mesmo. João?
João Cerqueira (43:55):
Eu queria primeiro dar um testemunho, porque eu sou funcionário da ServiceNow, mas também sou consumidor da plataforma ServiceNow. Então, no meu dia a dia de trabalho, eu uso o ServiceNow para realizar meus processos de negócio. O meu testemunho é de usuário, não só de fornecedor de tecnologia.
João Cerqueira (44:16):
Eu tenho mais de 30 anos em tecnologia, e sempre ouvi falar de plataforma — cada um tem uma visão do que é plataforma. O único lugar em que eu encontrei o conceito de plataforma de verdade foi na ServiceNow. Então eu acredito que plataforma não significa resolver tudo dentro de uma aplicação ou de uma única tecnologia, mas sim ser um sistema de ação. Se a gente fizer o que o Renan mostrou aqui — elaborar arquitetura levando em conta segurança, responsabilidade, ESG, resultado de negócios — com a plataforma ServiceNow a gente consegue dar para vocês um ambiente rápido, ágil e seguro para executar pilotos significativos, com impacto, trazendo expertise como a da Rimini, por exemplo, para os negócios de vocês, por conhecer o SAP, conhecer os processos, e poder entregar essas soluções para suas empresas, seus clientes, a sociedade e os fornecedores.
João Cerqueira (45:06):
Então meu incentivo é: vamos em frente. Acho que esta é a terceira grande onda que eu passo na minha vida profissional — eu vim da onda do mainframe, para os sistemas abertos, e até o Eric Helmer comentou aqui um pouco sobre isso, dos sistemas abertos para esse admirável mundo novo da internet, e da internet a gente veio parar nesse “negocinho” (celular).
Nossas vidas estão aqui (celular). Isso é plataforma. O que estamos dizendo aqui é que podemos agora tomar benefício desse tipo de plataforma para transformar os negócios, para realmente inovar de verdade, e não mais ficar gerenciando apenas upgrades tecnológicos ou pensando nos riscos de fazer ou não fazer upgrade porque a tecnologia tem 10 anos de lançada e não sabemos o que vai acontecer. Acho que é isso.
Edenize Maron (46:14):
Obrigada, João. Perfeito.
Renan Santos (46:16):
Eu falei muito já…
Edenize Maron (46:17):
A gente adora te ouvir, vamos lá!
Renan Santos (46:20):
Eu acho que é bem o que vocês falaram: entender o seu ambiente e colocar na mesa as possibilidades, não parar na primeira possibilidade mais óbvia, porque não é uma decisão simples, é uma decisão complexa. Eu falei um pouquinho aqui dos caminhos, mas a gente fez muita coisa — para vocês terem ideia, inclusive fizemos uma migração para o S/4 com um parceiro, para ver como seria um teste real de migração, e não foi legal. A gente viu que não era tão simples.
Então testamos muita coisa. Essa cabeça de “fail fast” que o pessoal fala para o mundo enterprise é muito difícil de aplicar, mas dá para fazer em algumas situações, dá para testar pequeno, fazer piloto, testar solução.
Edenize Maron (47:15):
Não comprar PowerPoint…
Renan Santos (47:17):
Não comprar PowerPoint, exatamente. Às vezes nem PowerPoint, porque já estão colocando números no PowerPoint que parecem estranhos… Mas acho que a questão é questionar e tomar uma decisão conjunta.
O mais importante é entender o seu ambiente, as complexidades do seu ambiente, as dificuldades, porque não existe caminho bom ou caminho ruim — existe o caminho bom para você ou ruim para você, o caminho que você tem mais chance de não falhar, ou menos chance de falhar. Eu acho que essa é a dica, é para isso que somos pagos: para tentar encontrar o caminho mais seguro.
Edenize Maron (47:54):
Nossa, gente, sem palavras para agradecer. Acho que foi muito rico esse bate-papo, espero que tenha agregado para todos vocês. Nós vamos encerrar, temos dois minutos só, mas, de novo, Geraldo, Dani, João, Renan, sem palavras para agradecer.
Temos o nosso coquetel agora, quem quiser aproveitar e bater papo e tirar ainda mais proveito dessas interações… E, pessoal, uma salva de palmas para esses inovadores!